Procedimentos e técnicas de Recolha - Análise de Dados

A recolha dos dados é a primeira etapa do estudo empírico. Igualmente importante, foi a definição prévia da Metodologia e do desenho de pesquisa.

Numa fase posterior, o tratamento e análise dos dados permite codificar, categorizar e agrupar os dados numa Base de Dados com sentido e adequada aos objetivos e às hipóteses da investigação.

De modo geral os dados podem ser tratados tanto de forma quantitativa quanto de forma qualitativa. Na pesquisa de caráter quantitativo geralmente os dados coletados são submetidos à análise estatística, com a ajuda de computadores. 

Na análise quantitativa, como relata Oppenheim (apud Roesch, 1996, p. 142), podem-se calcular médias, computar percentagens, examinar os dados para verificar se possuem significância estatística, podem-se calcular correlações, ou tentar várias formas de análise multivariada, como a regressão múltipla ou a análise fatorial. Estas análises permitem “extrair sentido dos dados”, ou seja, testar hipóteses, comparar os resultados para vários subgrupos, e assim por diante. Não obstante a peculiaridade de cada forma de tratamento, é possível tratar os dados quantitativa e qualitativamente ao mesmo tempo

Instrumentos e Técnicas de Recolha de dados

Desta forma, optando por uma investigação qualitativa com abordagem multi metodológica, utilizaram-se como técnicas de recolha de dados a observação, a análise documental e a entrevista semi-estruturada.

No caso dos estudos enquadrados no enfoque quantitativo, normalmente, recorre-se a testes paramétricos ou não paramétricos com suporte de pacotes estatísticos, para analisar os dados ((Gil, 1999). 

Método de Recolha de Dados

A escolha do método (quantitativo ou qualitativo) para o tratamento e a análise dos dados é fundamental para qualquer tipo de investigação. É importante garantir que o método escolhido é o mais adequado ao tipo de dados, à natureza das variáveis, aos objetivos e às hipóteses da pesquisa.

Análise de Dados Quantitativos

A Análise de Dados Quantitativos assenta em técnicas e procedimentos estatísticos que permitem o tratamento e a análise de um grande número de variáveis e de observações.

Esta abordagem de análise assenta na necessidade de fazer uma análise focalizada na procura de padrões de relação entre variáveis: relações de associação, relações de causalidade entre uma variável dependente e (diversas) variáveis independentes, estudos de proporção e comparação de populações.

A Análise de Dados Quantitativos permite também obter medidas, indicadores e parâmetros de estatística capazes de descrever comportamentos, apontar tendências futuras e fazer inferências para a população alvo a partir da amostra.

O Tratamento e a Análise de Dados Quantitativos assenta, em termos epistemológicos, numa posição positivista e desenvolve uma metodologia assente em ferramentas quantitativas que pretendem a validação de hipóteses previamente definidas e que decorrem de uma teoria de suporte.

Análise de Dados Qualitativos

A Análise de Dados Qualitativos assenta na aplicação das técnicas que permitam uma perceção mais completa e profunda de uma realidade mais restrita.

Apesar da variação das formas que podem assumir os processos de análise e interpretação, em boa parte das pesquisas sociais podem ser observados os seguintes passos:

a) estabelecimento de categorias;

b) codificação;

c) tabulação;

d) análise estatística dos dados;

e) avaliação das generalizações obtidas com os dados;

f) inferência de relações causais; e

 g) interpretação dos dados (Gil, 1999).

O paradigma de investigação qualitativa não incide sobre um universo tão vasto como na abordagem quantitativa, mas pretende antes obter o máximo de informação sobre os valores, crenças e o processo do facto social em estudo, de forma a dotar o investigador de uma visão conhecimento do mundo específicos, por meio do estudo e análise dos seus atores.

O Tratamento e a Análise de Dados Qualitativos está, portanto, associado a uma postura interpretativista que procura, através de uma coleção massiva de dados, encontrar ligações entre categorias e conceitos de maneira a construir pressupostos teóricos suficientemente válidos que permitam a sua generalização.

Seja qual for a técnica utilizada, o tratamento de dados visa responder ao problema de pesquisa e verificar se as hipóteses elaboradas (respostas presumidas para o problema investigado) são verdadeiras.

Convém lembrar que este procedimento pode subdividir-se em dois momentos. Num primeiro, descrevem-se e sistematizam-se os resultados ou informação recolhidas, através de gráficos, quadros ou listas de categorias entre outros. Apresentam-se ainda as amostras utilizadas em relação as suas características descritivas mais importantes e os resultados nas variáveis analisadas quer na amostra global quer nas subamostras que se desejam considerar (Almeida & Freire, 2003. p. 198)

Num segundo momento, dirigido a testagem das hipóteses, os resultados são analisados recorrendo -se nomeadamente a estatística inferencial.


Observações e comentários

No que tange ao tema 3, tive dificuldades na elaboração do pechakucha e tentei sem sucesso entrar em contacto com a professora via mensagem, mas não foi possível.  quanto a aprendizagem, importa referir que as abordadas desta UC permitiram desenvolver competências básicas de elaboração de trabalhos científicos e investigação no seu todo.

No geral, a participação dos colegas foi positiva uma vez que houve partilha de conhecimentos, artigos científicos e referências bibliográficas, oque contribui para a elaboração da presente síntese.

 

Referências consultadas.

https://analise-estatistica.pt/servicos/tratamento-e-analise-de-dados

Almeida, L.S., & Freire. (2003). Metodologia de Investigação em Psicologia e Educação. 3 ed. Braga: Psiquilibrios.

GIL, A .C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5.ed. São Paulo: Atlas, 1999

ROESCH, S. M. A. Projetos de estágio do curso de administração: guia para pesquisas, projetos, estágios e trabalhos de conclusão de curso. São Paulo: Atlas, 1996

 

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